domingo, 25 de agosto de 2013

Vazio

Fiquei horas olhando para a frente do notebook pensando no que eu iria escrever. Na verdade eu queria falar de mim, de como eu mudei, de tudo o que aconteceu desde a última vez que eu escrevi algum texto para ser publicado. 
Foi então que decidi que o mais importante seria compartilhar o que eu estou realmente sentindo lá no fundo do meu coração e a palavra certa é: vazio.
Em uma breve análise da minha vida, percebo que ganhei tudo o que realmente eu sempre quis para o futuro. É amigos, Deus foi exageradamente maravilhoso. Ganhei uma afilhada linda, entrei pra faculdade, em menos de um ano de curso já tinha um emprego e consegui trazer pra perto de mim as melhores amizades que um ser humano pode ter. Fora os bens materiais que eu agora posso comprar, mas que não vem ao caso.
Eis a questão, mesmo com tudo isso, eu ainda me sinto só e estar só significa ter os melhores amigos e não ter amor, ter dinheiro e não poder comprá-lo. Dá pra entender? Pois é, eu também não entendo. 
Juro que não consigo entender em qual jogo Deus colocou essa parte da minha vida. As vezes penso que ele usa o meu coração num jogo de PinBall, no qual me permite altos e baixos até que por fim, me deixe cair no buraco. Outras vezes chego a acreditar que Deus apenas me colocou em um jogo complicado de xadrez e até hoje ainda não conseguiu alcançar uma estratégia para vencê-lo.
E é por esses e mil e outros motivos que eu decidi tentar não lutar mais contra esse vazio. Estou confiando no ditado que diz que se você não pode contra o inimigo, junte-se a ele. E é isso que eu vou fazer. O objetivo disso? Encarar o real fato  de que talvez você não mereça amar. É, não mereça! Não, não é exagero. É o que parece ser real.
Vamos ler bons livros, construir uma biblioteca inteira, amar os filhos, os afilhados, a família, os amigos. Por que não viajar? Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Canadá. Tanto faz! O que não é certo é ter tudo em suas mãos e só querer amar alguém, ou querer ter tanto um amor pra vida toda em um mundo onde isso não é mais uma prioridade. 
Convenhamos, nosso entendimento sobre "amar" ficou paralisado no século passado, serei ousada em dizer que, talvez eu tenha esquecido a "coisinha" que faz com que os homens se interessem por mim dentro de uma caixinha, em uma vida passada e agora não posso voltar lá para buscar.
Sofrer com isso e por isso? Não! Não dá. 
Então eu convido você a parar de ter pena de si mesmo, por faltar amor alheio, para  vir descobrir o amor que você realmente precisa para viver. Se isso realmente é possível eu não sei, mas eu estou aqui te estendendo a mão para que, ambos, possamos descobrir. Tô te pedindo, vem comigo! Se no final não der certo, eu e o meu coração vazio ainda estaremos aqui, com você.

É difícil eu sei, mas temos que tentar. Sempre.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013