domingo, 8 de maio de 2011

Maria, minha mãe. Minha vida.


E quem ela é? Ah você não sabe? Então senta, que eu vou te contar...
Maria, foi aquela que, esperou que eu chegasse de Marabá pra cuidar de mim.
Eu, com apenas 3 meses de vida. Ela com 5 filhos já jovens e criados e mesmo assim não deixou de cuidar de mim. Ok, sabemos que eu era um bebê que dava trabalho, que era carente e que chorava muito.
Como a Maria não tinha como me alimentar, não desse jeito, deu seus "pulos", moveu montanhas e resolveu me dar um lar.Quem precisa de leite materno quando se tem mingau de caribé?! 
E assim cresci, 19 anos se passaram e nós estamos aqui. Maria e eu. Eu e a minha mãe. Nada de chamar de vó sabe. Pra quê? Eu a chamei de mãe Maria, no momento em que eu me dei conta do que era um amor recíproco.
Falando em amor... Nunca entendi esse estranho jeito dela de me amar. Nunca ouvi um eu te amo. Só sei que eu já chorei muito por Maria, por raiva, por medo de perde-la. Mas eu sei que ela me ama, vejo isso nos olhos dela, as vezes até consigo sentir quando ela deixa escapar um sorrisinho pra mim. As vezes me defende (me contaram), e acredita em mim mesmo dizendo que não.
Essa é a Minha mãe...

Maria, hoje os papeis estão se invertendo. Muito obrigada por cuidar de mim esses 19 anos, mas agora vem cá que sou eu quem vai cuidar de você a partir de hoje. Vou te levar pra morar comigo no Leblon, no hotel em frente ao Copacabana. Eu te prometi.
Mas sabe de uma coisa? Pouco interessa o lugar, você vai estar ao meu lado sempre. Por que eu te amo, e eu te amo é pouco pra uma vida inteira junto com você.

"Minha mãe me deu ao mundo de maneira singular me dizendo uma sentença: pra eu sempre pedir licença, mas nunca deixar de entrar." (Caetano)

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